quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Mas que vida é essa meu rei?

Que velocidade incrível a vida de algumas pessoas - devo me incluir.
Já não há mais tempo pra sentar na cadeira, lembrar,
sentir a dor de qualquer infortúnio

Ontem me vi criando decisões fundamentais a tomar,
graças ao inicio do espanto frente ao espelho da minha vida
espelho projetado tempos antes..

Mas de qualquer forma, vale a pena?
o poeta disse que tudo vale, se a alma não é pequena


Se eu concordo com o poeta? 
Só depois de refletir
Se eu vou refletir?
Não sei, estou sem forte necessidade no momento.





 



terça-feira, 28 de setembro de 2010

Tema Recorrente: Eu e Eu mesmo

Búh.. hoje estive lendo "pessoa"
e é interessante observar..
os vários personagens do poeta fingidor.
Será que tenho eu um quê de fingidor
no que sinto, no que penso, digo?
interpretando vários papeis de mim mesmo?
Acredito que não..
Muito do que me é, ação, pensamento, emoção 
é presente, é eminente, real, beleza transparente.
Porém, há algo, não sei o que bem,
que a terceira percepção parece ser avesso
a vista alheia, ser defeito, contraste de interesses, vontades.

Em mim, penso que não..
Em mim, penso ser liberdade
natureza, leveza..
impulso simples e recorrente
..em busca de algo transcedente
ardente, ausente e presente.!

Que pode ser eu ?

Sério... que pode ser eu, se há algo que não quero?
não pelo simples fato de não querer, e sim de rejeitar
subjetivamente qualquer tipo de vinculo..
que pode ser eu, se tudo quero?
de vez em quando me deparo com um conflito único
..a ambição de querer estar aqui e ali, lá, cá.
coisa desmedida, angústia presente em momentos de busca
ilusão em querer, sentir.
ilusão em pensar, ilealizar.




 

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Eu linear

Perguntei-me esses dias, como antes
quando algo interrompia
o ciclo que se finaliza ou inicia
se sou todo instável, diferente, ausente
 

Ao querer responder esta pergunta
lembrei do que procurei e realizei
mesmo sem ter almejado, pensado
 

A situação é padrão pra mim
pensado, quisto, buscado, realizado
a juventude é esperança
risco, loucura, bem-aventurança
 

Que pode ser então a matura idade?
Sensatez? Amor? Filosofia?
Ou acomodação? Ocaso? Monotonia?
 

Não tenho autoridade
pra responder esta pergunta
nem vivência,
muito menos idade
 

Garantir eu posso
psicossocialmente falando
que como sou

é o que me faz bem

Assim, que devo pensar?
O que virá, é o bem
é o que convêm.


Estável em ser instável
igual na diferença
presença em ser ausência


sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Administrador! Qual seu papel?

     Qual o papel de um administrador? Com certeza não podemos inferir uma definição simplista sobre um palavra que tem conceito amplo. Esse costume que temos de simplicar demais as coisas para que elas possam se fixar em nossos mapas mentais é perigoso, pois você pode se fechar a uma visão de mundo que só leva em consideração sua definição e em consequência suas ações terão como base um pensamento unilateral De maneira simples, seu comportamento será totalmente moldado ao que você entende pela palavra e por isso bem limitado. O que se pode fazer é tornar-se autodidata, querendo sempre desafiar as definições e até conceitos. Qual seria então o papel de um administrador?
   
     Com certeza antes da 'era' capitalista, já haviam pessoas que buscavam otimizar o uso de recursos materiais,financeiros,humanos,temporais em prol de um objetivo, levando em consideração suas forças e fraquezas e os possiveis riscos para o alcance do mesmo. Tudo isto era feito por intuição, como uma busca realmente de se fazer o melhor em determinada coisa, como uma guerra, por exemplo, em que os tiranicos faziam todo planejamento e procuravam mensurar a duração em dias,meses,anos de seus alimentos e analisavam as diferentes estratégias de combate linkado aos diferentes locais. Enfim, esse espirito humano de querer analisar, empreender e criar. 
     
     Mas toda essa intuição e sistemização antiga e atual deve ser voltada para o que? Para guerra? Para administrar o Estado? Administrar a empresa? E a comunidade?

     Um conceito que aprendi e que me venceu vem do movimento empresa júnior. No MEJ passamos a ser jovens autodidatas, sedentos por conhecimento e buscando a evolução em cada trabalho com o intuito de transformar a sociedade! Não queremos e não devemos ser meros lotes encomendados para o mercado de trabalho. Queremos e devemos ser agentes da mudança, desafiando o estabelecido em busca de uma sociedade mais justa e menos cruel na qual valores de humanidade, solidariedade, honestidade não devem ser invertidos, transformando-se em raridades. Devemos tornar esses principios a base de nossas ações, e entre elas as de administrar. Sem dúvida, nossa postura ativa irá canalizar as mudanças ao nosso redor que em rede se tornarão a alavanca para mudança em conjunto.
   
     Qual o papel do administrador?
     Será minha visão solidária?
     Ou egoista? Criando uma falsa ilusão para autoproteção?
     
     Acredito que o convivio intenso comigo pode dar a resposta

terça-feira, 10 de agosto de 2010

DESTINO

Esse mundo é mesmo cruel
Ou será visão pessimista?
 

Nascemos, vamos para escola
Sem tomarmos consciência
Escolhemos isto?
 

Na voz, palavras falsas
No jeito, atitudes planejadas
Escolhemos isto?
 

Somos empurrados a conviver com as pessoas
A esmagar os outros em prol de si mesmos
Escolhemos isto?
 

Passamos a tratar as pessoas como coisas
Invertemos os valores
Somos isto?
 

Mudamos com quem amamos
Mudamos a relação, acabamos
Nossos discursos e atitudes não se justificam
Queremos isto?
 

Nossa história, mais de sua metade, vem escrita
Nossa produção é por encomenda
E nem fomos nós que especificamos o produto
Desejamos isto?
 

Não venha me dizer que acabou
Que já não há esperança
Viver é lutar, esperar.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Fragmentos



Ei garota,

O que você sente está certo?
E o que você busca? Vale a pena?
O que você está sentindo agora?
Precisa sentir isto?

Vejo você caindo..
Buscando canções populares
Não precisa ser assim
Não precisa sentir isto, se não quiser

O que você pensa está certo?
Precisa pensar isto?
Vejo você simulando pensamentos
Não precisa ser assim
Não precisa pensar isto, se não quiser

O que sentimos reflete o que pensamos
Cuide melhor dos seus pensamentos
,
,
Voltei
Acordei, mas não estava dormindo.
,
,
Estou entrando pela porta
Ele vai chamar meu nome
Vou ouvir sua voz três vezes
Aproximar-me-ei do seu quarto
Confirmarei a presença sem verbalizar

Não ouvi sua voz
Deve ter percebido minha falta de interesse e desapego
A maneira como abandonei minhas coisas a mesa

Segui para o meu quarto
Não quis sentir nem pensar
Quis ouvir o som das teclas
- sentindo a coesão com que meus dedos as tocam e fazem nascer signos que dizem respeito a minha subconsciência.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Diagnóstico de Mim Mesmo

 
Relendo o post abaixo comecei a me questionar sobre quais fatores que culminaram para tamanha mudança psicológica e social. É claro que para se fazer tal levantamento se deve ter ciência do contexto passado e presente do cidadão, que possibilite então fazer os levantamentos e em seguida apontar o fator mais provável. Como toda causa gera uma conseqüência, procurarei levantar também  as possibilidades de acontecimentos futuros em torno do personagem – eu mesmo.  Espero então chegar também a uma conclusão de qual seja a conseqüência direta da mudança.

Segue abaixo alguns fatores que certamente podem ter causado esta mudança (Será que foi mudança?)

1. Interesse. A medida que os anos passam nossos interesses mudam, assim como mudam as pessoas que convivemos, ou será que as pessoas que convivemos mudam nossos interesses? Pode ser que sim e então o cidadão abaixo pode ter mudado seu contexto social, passando a se rodear de futuros administradores e em conseqüente adotando este interesse pra si. Pode ser que não, afinal a personalidade fala mais alto, não deixando afugentar as características que nos fazem singular, as quais dão base para construção de nossas relações. Bem, se concordo que a personalidade é pouco influenciada por fatores externos e que tem muito de inata, como se dá então a mudança de interesse pelas áreas de conhecimento? Hum, que boa pergunta, mas vamos lá, é possível que haja interesses em nosso interior que ainda não descobrimos simplesmente porque o ambiente não nos proporcionou, mas que já tínhamos como interesse em si, pela própria natureza do fato e de nossa personalidade. Se for este o caso, não haverá mudança e sim ampliação de interesse (digo ampliação porque se temos interesses e não sabemos ainda não podemos o ter como parte de nós, afinal não temos ciência de sua existência, mas será que precisamos ter ciência da existência de algo para torná-lo reconhecido? Creio que sim.)

2. Condições externas. O caso é que um série de fatores externos podem levar uma pessoa a ser obrigada a mudar seu contexto, e isto é extremamente normal no mundo moderno, que cruel isto! Então vamos aos fatores que podem ter levado a essa obrigação.

2.1 Pressão familiar A família pode muito bem – como faz às vezes – exigir de uma pessoa interesses dos quais ela não tem e para obter sucesso em tal empreitada faz os filhos se sentirem culpados por não serem meros robôs obedecendo ordens, sem poder questionar.

2.2 Sobre carga. Os novos conhecimentos adquiridos em universidade podem juntamente ao trabalho induzir uma pessoa a mudar aparentemente - não temos nenhuma garantia no post de que foi uma mudança aparente, afinal mostra uma transição de seus interesses, e isto também é normal no mundo moderno, com essa pressão por qualificação, competição no mercado de trabalho, na universidade, na escola, acabamos deixando pouco tempo para nós mesmos. Nos tornamos alienados de nós mesmos – que beleza o mundo moderno.

2.3 Mudança voluntária. Não é necessário gostarmos de algo, sermos impulsionados pela família, ou ficarmos sem tempo para que possamos adotar interesses para nós mesmos que não nos interessam. Quantas pessoas já quiseram fazer música, filosofia, teatro e que simplismente foram fazer profissões que trouxessem um ‘futuro melhor’?

Antes de começar a me perguntar qual foi o fator mais provável, e eu já começo a percerber qual pois já o sinto em mim, vamos aos efeitos que podem ser gerados – se já não estão sendo.

1. Acredito que o melhor efeito possível possa provir da mudança de interesses. Nesse sentido não haverá culpa, remorso nem muito menos arrependimento pela transição observada, caracterizando-se como algo natural.

2.1 Ao contrário do efeito acima, a pressão familiar pode gerar uma série de sentimentos auto destrutivos possibilitando futuramente frustração para o protagonista. Em compensação – se é que existe – a percepção familiar muda de maneira interessante, já que o individuo passa a ser observado como “o salvador” – aquele que veio realizar os projetos planejados pela família.

2.2 Sendo a causa 2.2, não há também de se preocupar tanto com seus efeitos, já que representa apenas um distanciamento temporário – anos de várias atividades em paralelo. Passa a ser preocupante se ao invés de ser uma época na vida passe a ser uma constante. Se isso acontecer, certamente o sentimento de frustração e culpa virá a toma e será difícil lhe dar com isto já que os anos passaram. O que se pode fazer no mínimo é tentar resgatar os interesses fazendo o possível para ajustar a vida a eles.

2.3 Sem dúvida o pior efeito provém da atitude voluntária que posteriormente se descobre como errônea. Uma vez descoberto que os 10 anos ambicionados anteriormente foram ‘’falsos’’, constituindo total falta de relação e casamento com sua verdadeira pessoa, o remorso profundo é fato. É claro que há pessoais muito emotivas, sensíveis, introspectivas, e aquelas que vivem dos estímulos externos, fazendo o possível para distrair-se de si mesmo. Essa conseqüência não vale para as últimas, já que não devem se dar conta dos próprios sentimentos e pensamentos, ou não né.

É.. dependendo da causa o efeito pode ser natural e sem problemas ou bem depressivo futuramente. Mas e sé forem várias causas confluindo entre si? Qual seria a consequência? Penso que haveria também uma confluência de efeitos que traria satisfação familiar, falta de tempo devido as várias atividades, frustração devido ao abandono das práticas anteriores e até frustração proveniente da mudança voluntária já que podemos ampliar nosso leque de interesses, mas há aqueles que sempre serão nossos "ursinhos de pelúcia" e o afastamento desses ou a não quebra sentimental da relação com os mesmos gera resultados negativos.

O que posso fazer então diante deste cenário?

Essa resposta ainda estou decidindo, espero não demorar pois não me sinto nada confortável por estes tempos.

Vale lembrar que as causas apresentadas acima são meros efeitos de outras...mas não cabe discutir agora.


=)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Retratos

Já não toco mais meu violão nem pra fazer um batuque no fim de semana e aquela voz em busca de força e sonoridade só tem presença no silêncio. Já não vejo os amigos como antes, mesmo nas datas especiais a presença é distante. Até as promessas de não separação ficaram pelo ar.

Já não leio livros de filosofia, nem romances da literatura classica. E aquele desejo pronfundo por conhecer a arte musical, cinematográfica, literária esvaiu-se da memória futura.

A composição agora é operação, projeto, gerenciamento, liderança, custo, tempo, tarefa, escopo, risco. Engajar no sistema, ser mais um raio na roda.

O proposito? A composição só pode mudar dentro de limites. Há consolo? Antes nem dentro. Há esperança? Futuro é sempre esperança

Sobre o Blog ou Sobre Mim

Baseado até na própria descrição crio este blog com o intuito de ampliar ao máximo os temas que posso escrever. Assim não corro o risco de ter vontade de escrever algo que não se encaixa no perfil do blog. Assim o perfil do blog se encaixa no meu perfil, algo contraditório e amplo no que diz respeito a gostos temáticos.