sexta-feira, 30 de julho de 2010

Diagnóstico de Mim Mesmo

 
Relendo o post abaixo comecei a me questionar sobre quais fatores que culminaram para tamanha mudança psicológica e social. É claro que para se fazer tal levantamento se deve ter ciência do contexto passado e presente do cidadão, que possibilite então fazer os levantamentos e em seguida apontar o fator mais provável. Como toda causa gera uma conseqüência, procurarei levantar também  as possibilidades de acontecimentos futuros em torno do personagem – eu mesmo.  Espero então chegar também a uma conclusão de qual seja a conseqüência direta da mudança.

Segue abaixo alguns fatores que certamente podem ter causado esta mudança (Será que foi mudança?)

1. Interesse. A medida que os anos passam nossos interesses mudam, assim como mudam as pessoas que convivemos, ou será que as pessoas que convivemos mudam nossos interesses? Pode ser que sim e então o cidadão abaixo pode ter mudado seu contexto social, passando a se rodear de futuros administradores e em conseqüente adotando este interesse pra si. Pode ser que não, afinal a personalidade fala mais alto, não deixando afugentar as características que nos fazem singular, as quais dão base para construção de nossas relações. Bem, se concordo que a personalidade é pouco influenciada por fatores externos e que tem muito de inata, como se dá então a mudança de interesse pelas áreas de conhecimento? Hum, que boa pergunta, mas vamos lá, é possível que haja interesses em nosso interior que ainda não descobrimos simplesmente porque o ambiente não nos proporcionou, mas que já tínhamos como interesse em si, pela própria natureza do fato e de nossa personalidade. Se for este o caso, não haverá mudança e sim ampliação de interesse (digo ampliação porque se temos interesses e não sabemos ainda não podemos o ter como parte de nós, afinal não temos ciência de sua existência, mas será que precisamos ter ciência da existência de algo para torná-lo reconhecido? Creio que sim.)

2. Condições externas. O caso é que um série de fatores externos podem levar uma pessoa a ser obrigada a mudar seu contexto, e isto é extremamente normal no mundo moderno, que cruel isto! Então vamos aos fatores que podem ter levado a essa obrigação.

2.1 Pressão familiar A família pode muito bem – como faz às vezes – exigir de uma pessoa interesses dos quais ela não tem e para obter sucesso em tal empreitada faz os filhos se sentirem culpados por não serem meros robôs obedecendo ordens, sem poder questionar.

2.2 Sobre carga. Os novos conhecimentos adquiridos em universidade podem juntamente ao trabalho induzir uma pessoa a mudar aparentemente - não temos nenhuma garantia no post de que foi uma mudança aparente, afinal mostra uma transição de seus interesses, e isto também é normal no mundo moderno, com essa pressão por qualificação, competição no mercado de trabalho, na universidade, na escola, acabamos deixando pouco tempo para nós mesmos. Nos tornamos alienados de nós mesmos – que beleza o mundo moderno.

2.3 Mudança voluntária. Não é necessário gostarmos de algo, sermos impulsionados pela família, ou ficarmos sem tempo para que possamos adotar interesses para nós mesmos que não nos interessam. Quantas pessoas já quiseram fazer música, filosofia, teatro e que simplismente foram fazer profissões que trouxessem um ‘futuro melhor’?

Antes de começar a me perguntar qual foi o fator mais provável, e eu já começo a percerber qual pois já o sinto em mim, vamos aos efeitos que podem ser gerados – se já não estão sendo.

1. Acredito que o melhor efeito possível possa provir da mudança de interesses. Nesse sentido não haverá culpa, remorso nem muito menos arrependimento pela transição observada, caracterizando-se como algo natural.

2.1 Ao contrário do efeito acima, a pressão familiar pode gerar uma série de sentimentos auto destrutivos possibilitando futuramente frustração para o protagonista. Em compensação – se é que existe – a percepção familiar muda de maneira interessante, já que o individuo passa a ser observado como “o salvador” – aquele que veio realizar os projetos planejados pela família.

2.2 Sendo a causa 2.2, não há também de se preocupar tanto com seus efeitos, já que representa apenas um distanciamento temporário – anos de várias atividades em paralelo. Passa a ser preocupante se ao invés de ser uma época na vida passe a ser uma constante. Se isso acontecer, certamente o sentimento de frustração e culpa virá a toma e será difícil lhe dar com isto já que os anos passaram. O que se pode fazer no mínimo é tentar resgatar os interesses fazendo o possível para ajustar a vida a eles.

2.3 Sem dúvida o pior efeito provém da atitude voluntária que posteriormente se descobre como errônea. Uma vez descoberto que os 10 anos ambicionados anteriormente foram ‘’falsos’’, constituindo total falta de relação e casamento com sua verdadeira pessoa, o remorso profundo é fato. É claro que há pessoais muito emotivas, sensíveis, introspectivas, e aquelas que vivem dos estímulos externos, fazendo o possível para distrair-se de si mesmo. Essa conseqüência não vale para as últimas, já que não devem se dar conta dos próprios sentimentos e pensamentos, ou não né.

É.. dependendo da causa o efeito pode ser natural e sem problemas ou bem depressivo futuramente. Mas e sé forem várias causas confluindo entre si? Qual seria a consequência? Penso que haveria também uma confluência de efeitos que traria satisfação familiar, falta de tempo devido as várias atividades, frustração devido ao abandono das práticas anteriores e até frustração proveniente da mudança voluntária já que podemos ampliar nosso leque de interesses, mas há aqueles que sempre serão nossos "ursinhos de pelúcia" e o afastamento desses ou a não quebra sentimental da relação com os mesmos gera resultados negativos.

O que posso fazer então diante deste cenário?

Essa resposta ainda estou decidindo, espero não demorar pois não me sinto nada confortável por estes tempos.

Vale lembrar que as causas apresentadas acima são meros efeitos de outras...mas não cabe discutir agora.


=)

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